Um blog para ajudar as líderes das Moças + idéia para novos inícios

Somos líderes das moças, e agora? O que vamos fazer esta semana na mutual? Como vamos organizar os novos inícios? Essas são algumas perguntas que fazem parte de minha rotina há pelo menos 3 anos e, apesar de toda líder das moças ter um grande carinho pelo aprendizado em seu chamado, parece que as idéias nem sempre aparecem tão facilmente.

Ao longo dos anos, descobri o quanto gosto do meu chamado, e com isso, também como consigo obter e criar atividades para as moças. Ao ser abençoada com isso, decidi compartilhar este conhecimento e inspiração que tive nesses 3 anos com outras líderes, e espero ajudar muito à todas que visitarem o blog a organizar mutuais e tantas outras atividades das moças e jovens SUD.

Quem quiser também pode me deixar uma mensagem para que eu possa ajudar a elaborar alguma atividade, enfim, aqui estou para ajudá-las.


Inicio o blog com uma atividade comum nesse início do ano, Novos Inícios! Ano passado, montei um programa que mostrou o exemplo de muitas mulheres das escrituras desde o velho testamento à restauração, relacionando com cada valor das moças. O restante do roteiro dos novos inícios, como apresentação de classes, tema, etc. seguiu o padrão que é conhecido. Uma dica: após a última fala, que fala sobre a virtude de Maria, pode ser seguida do hino "Eis tua serva", do hinário das moças, cantamos na versão simplificada.


Até mais!



MULHERES DE VALOR

Novos inícios – Valores Fé e Boas Obras

Relate esta história no dia dos novos inícios e preste seu testemunho sobre como o exemplo desta(s) mulher(es) a inspira em fé e boas obras. O tempo é de 5 min.

A história de Mary Goble Pay

            Foi batizada em 1856 e morava na Inglatera, quando sua família decidiu partir de seu país para os EUA, por terem se filiado à Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e tiveram a fé suficiente de que era o certo a fazer. Na ocasião, Mary tinha 13 anos.

            Passaram por uma travessia perigosa no mar, mas chegaram salvos e se encontraram com os pioneiros, para atravessarem o país com as companhias de carrinho de mão. Apesar disso, sua irmã de quase 2 anos contraiu catapora na viagem ao mar e faleceu em seguida.

            A travessia foi difícil. Sua mãe, que estava grávida e doente, deu a luz a Edith, porém, devido ao frio (sendo que na travessia do Rio Platte e encontraram 16 pessoas mortas) e as péssimas condições da viagem, nunca se recuperou totalmente. Mary, tentando ajudar a mãe, foi buscar água fresca para ela em um local bastante longe quando passou por uma tempestade de neve. Ficou por horas perdida quando homens da companhia a encontraram, com pernas e pés congelados.

            Todos foram forçados a abandonar muitos pertences, como seus carroções e ainda sacrificar um boi que quebrou a perna,  para facilitar a jornada na neve. Eles estavam sem quase nada e além disso, seu irmão também faleceu. Felizmente, O profeta Brigham Young enviou auxílio para ajudarem na travessia.

            Sua mãe sobreviveu até a entrada em Lago Salgado, onde 3 em cada 4 pessoas da companhia estavam congeladas. Mary continuava com suas pernas e pés congelados quando recebeu um médico, que queria amputá-las por completo. O profeta falou para cortar apenas seus dedos e prometeu a ela que nunca mais ninguém cortaria nenhuma parte de seu corpo.

            Em julho de 1857 ela ainda não estava bem e novamente o médico queria amputar sus pernas, mas ela lembrou-se da promessa profeta e disse que ficaria ali mesmo que morresse assim. Chorando, ela escutou uma senhora bater em sua porta, dizendo que sabia que alguém precisava de sua ajuda. Esta irmã fez curativos com emplastros em seus pés todos os dias, e em 3 meses, Mary estava curada.

Novos inícios – Valores Natureza Divina e Conhecimento

Relate esta história no dia dos novos inícios e preste seu testemunho sobre como o exemplo desta(s) mulher(es) a inspira em natureza divina e conhecimento. O tempo é de 5 min.

A história de Eliza R. Snow

Eliza foi um exemplo da importância de buscar conhecimento e usá-lo em benefício s de todos. Mais importante, também recebeu compreensão de sua natureza divina ao compartilhá-la através de sua poesia.

Nasceu em Becket Massachusetts, in 1804 e já bu e emscou conhecimento desde jovem e na vida reliogiosa, seu lema era “prove todas coisas e guarde rápido aquilo que for bom”. Ela se tornou também uma pessoa muito habilidosa nas artes, costura e cozinha.

Durante o inverno de 1830-1831 o profetat Joseph Smith visitou sua casa e foi batizada em 1835. Ela também ajudou a converter seu irmão, Lorenzo Snow, que mais tarde se tornaria o quinto presidente da Igreja. Na igreja ela foi a segunda presidente geral da Sociedade de Socorro, além de ajudar na Primária.

Sua poesia foi publicada em jornais enquanto viveu incluindo o Ohio Star e o

Western Courier, exemplares importantes da época. Este mesmo dom ajudou a igreja com diversas letras de hinos que são cantados até hoje, como Ó meu Pai, Da corte celestial, A verdade é nosso guia e Nas montanhas de Sião. Suas letras trouxeram, paz, conforto e inspiração aos membros da época e ainda toca o coração das pessoas atualmente.

Novos inícios – Valor individual

Relate esta história no dia dos novos inícios e preste seu testemunho sobre como o exemplo desta(s) mulher(es) a inspira em valor individual. O tempo é de 5 min.

A história de  Aurelia Spencer Rogers

Aurelia foi a fundadora da organização da primária, e demonstrava grande amor e valor por cada criança da organização, pois acreditava cada alma ser “grande a vista de Deus”(D&C 18:10).

A sua família foi batizada em 1840, e mais tarde juntaram-se aos santos em Nauvoo. Pouco depois sua mãe faleceu, e seu pai cuidou dela e de seus 5 irmãos. Porém, após se juntarem em Winter Quarters, seu Pai foi chamado para uma missão na Inglaterra, e Aurelia, na época com 12 anos, junto com sua irmã de 14 anos, passou a cuidar de seus irmãos mais novos. Ela não se importava, pois sabia que seu pai levaria o evangelho aos filhos do Pai Celestial.

            Aurelia cresceu, se casou e teve sua própria família, onde cuidou de suas crianças com muito amor, e vendo que já estavam mais velhos, decidiu ajudar mais crianças na comunidade onde vivia, que eram inquietas e faziam “muita bagunça”. Ela recebeu a Presidente da Soc Soc Eliza R. Snow e pediu permissão para trabalhar com meninos e treiná-los para serem mais obedientes e disciplinados. Eliza gostou muito da idéia e levou ao quórum dos 12 apóstolos, que deu a permissão de criar uma organização para cuidar das crianças.

            Aurelia ensinou obediência, fé, pontualidade e boas maneiras, com paciência para ensinar a cada criança. Este amor dado a cada pequeno filho do Pai Celestial ajudou estas crianças e deixou o legado que dura até hoje com a Organização da Primária.

Novos inícios – Escolhas e Responsabilidades

Relate esta história no dia dos novos inícios e preste seu testemunho sobre como o exemplo desta(s) mulher(es) a inspira em virtude. O tempo é de 5 min.

A história de  Ester

Foi uma corajosa jovem cuja experiência pessoal atravessou eras como um exemplo de que ao escolher com coragem e assumir responsabilidade, defendeu a verdade e a retidão e salvou seu povo. Ela era uma jovem judia, cujos pais haviam morrido, deixando-a para ser criada por um primo mais velho, Mardoqueu, e sua esposa.

Mardoqueu trabalhava para o rei da Pérsia, e quando o rei procurou para si uma rainha, Mardoqueu levou Ester ao palácio e a apresentou como candidata, advertindo-a para que não revelasse que era judia. O rei se agradou de Ester mais do que de todas as outras, e fez dela sua rainha.

Hamã, o mais importante príncipe da corte do rei, ficou cada vez mais irado com Mardoqueu, porque ele não se curvava para honrá-lo. Por esse motivo, Hamã convenceu o rei, de modo bem ardiloso, de que havia “um povo” em todas as 127 províncias do reino cujas leis eram diferentes, que não obedecia às leis do rei e que devia ser destruído. Sem dizer ao rei quem era esse povo, Hamã se referia, claro, aos judeus, inclusive Mardoqueu. Hamã enviou cartas aos governadores de todas as províncias, instruindo-os para que “destruíssem, matassem, e fizessem perecer a todos os judeus, desde o jovem até ao velho, crianças e mulheres.

Por meio de um servo, Mardoqueu avisou Ester do decreto contra os judeus, pedindo que ela fosse até o rei para suplicar por seu povo. Ester relutou, a princípio, lembrando a Mardoqueu que era proibido por lei que qualquer pessoa entrasse no pátio interior da casa do rei sem ser convidada. O castigo era a morte, a menos que o rei apontasse seu cetro de ouro, permitindo que a pessoa vivesse.

A resposta de Mardoqueu à hesitação de Ester foi bem direta. Ele escreveu para ela: “Não imagines (…) que por estares na casa do rei, escaparás só tu entre todos os judeus”.

Em resposta, Ester pediu a Mardoqueu que reunisse todos os judeus que conseguisse e pedisse que jejuassem por ela durante três dias, e disse que ela e suas servas fariam o mesmo. Ela disse: “Irei ter com o rei, ainda que não seja segundo a lei; e se perecer, pereci”. Ester escolheu ajudar a seu povo com coragem e permaneceu firme e inamovível naquilo que era certo.

Estando física, emocional e espiritualmente preparada, Ester entrou no pátio interior da casa do rei. Quando o rei a viu, ergueu o cetro de ouro, dizendo que lhe daria tudo o que ela pedisse. Ela convidou o rei para um banquete que lhe havia preparado e, durante o banquete, revelou que era judia. Também denunciou o traiçoeiro estratagema de Hamã para exterminar todos os judeus do reino. O rei atendeu à súplica de Ester para que ela e seu povo fossem salvos.

Ester, por meio de jejum, fé e coragem, salvou uma nação.

Novos inícios – Integridade

Relate esta história no dia dos novos inícios e preste seu testemunho sobre como o exemplo desta(s) mulher(es) a inspira em fé e boas obras. O tempo é de 5 min.

A história de  Mary Fielding Smith

Integridade é definida como aderir um compromisso de cumprir princípios, e Mary Fielding Smith demonstrou seu compromisso, pois não importava quantos obstáculos surgiam em seu caminho, ela seguiu os princípios de sua crença.

Mary foi esposa de Hyrum Smith, morto na cadeia de Carthage junto com seu irmão, o Profeta Joseph Smith. Ela se tornou uma jovem viúva com uma grande família, pois ela teve a responsabilidade de cuidar das crianças do primeiro casamento de Hyrum, seus 2 filhos com ele, e muitas outras pessoas que estavam doentes e aflitas e que recebiam cuidados do casal,

Mary saiu de Nauvoo em 1846 junto com outros santos. Na primavera de 1848, ela estava determinada a sair de Winter Quarters para viajar à Salt Lake City com os santos, mas não tinha dinheiro, bois ou provisões para a jornada, mas ela invocou ao Senhor para ajudá-la a administrar o pouco que tinha e alcançar sua meta, para se juntar ao grupo que tinham quase sete vagões prontos para a jornada. Quando o capitão do grupo viu sua situação, ele falou para Mary que ela seria uma fardo à todos e que não deveria nunca pensar em viajar. Ela calmamente disse ao capitão que nunca iria pedir sua ajuda e iria superá-lo na chegada ao Vale.

Em certa ocasião durante a viagem, o melhor boi de Mary adoeceu. O mesmo capitão falou que o animal estava morto e reclamou novamente que Mary seria um fardo. Mas sua fé não falhou, ela conseguiu óleo consagrado e pediu aos irmãos Joseph and James Lawson para administrar em favor do boi, e orar por ele. Após a oração, suas pernas ganharam tal reforço que começou a pular, como se nada tivesse acontecido.

Mary manteve sua palavra. Sua coragem e integridade guiaram sua família para finalmente chegarem ao Vale, que depois de uma separação da companhia, chegou 20 horas antes do capitão que tentou por várias vezes desencorajá-la.

Novos inícios – Virtude 

Relate esta história no dia dos novos inícios e preste seu testemunho sobre como o exemplo desta(s) mulher(res) a inspira em fé e boas obras. O tempo é de 5 min.

A história de  Maria

Maria, a mãe do Salvador Jesus Cristo, talvez a mulher mais importante da história da humanidade, nos deu o puro exemplo de um verdadeiro discípulo, uma significante virtude.

Pouco é comentado sobre sua vida nas escrituras, mas os registros mostram que: 1- obedeceu com grande fé a palavra de Deus; 2- expressou alegria pelas bênçãos de Deus; 3 – recebeu testemunhas divinas e seus conselhos; 4- teve uma posteridade que glorificou a Deus. Sua vida é um grande exemplo de como guiar-se no caminho correto.

Muitos profetas já sabiam sobre seu papel vital no plano de salvação ao declarar que uma virgem conceberia o filho de Deus. E do anjo Gabriel, Maria soube que era ela a mulher escolhida por Deus que cumpriria a profecia dos antigos profetas. O mensageiro angelical declarou “salve agraciada: o Senhor é contigo, bendita és tu entre as mulheres” (Lucas 1:28).

Neste momento, Maria estava prestes a ficar noiva de José, mas humildemente perguntou ao mensageiro como isso aconteceria. Ao compreender a resposta do anjo, que a informou que o Espírito Santo desceria sobre ela, Maria aprendeu que ela seria a mãe do filho de Deus, e este filho herdaria as características mentais e espirituais do Pai, e a mortalidade dela como sua mãe. Então, ela concluiu, obedientemente, sua resposta. “Eis tua serva Senhor: cumpra-se em mim Segundo a sua palavra” (Lucas 1:38).

            Maria estava pronta, e sabia dos riscos que tinha. Poderia perder seu noivo José e ser acusada de adultério, onde a pena na época era apedrejamento que levaria a sua morte. Seria repudiada por amigos e parentes, mas ela sabia da importância de seu papel e em nenhum momento se abateu por isso. E após José saber também pelo anjo que Maria estava grávida do filho de Deus, juntos eles passaram por todas as dificuldades, até o grande dia do nascimento de Jesus Cristo, o Mestre e Salvador da humanidade. A história do mundo seria diferente se não existisse esta grande virtude de Maria.

A vida de Jesus Cristo foi de glória e Ele cumpriu cada profecia referente a seu ministério, expiação, morte e ressurreição. Sua mãe, portanto, também merece respeito por sua persistência e virtude. Maria tinha linhagem real de Davi, e “o sangue da posteridade de Davi passou ao corpo de Jesus apenas através de Maria” (James E. Talmage), e como tal, é digna de ser considerada uma rainha.