terça-feira, 12 de abril de 2011

Ideia para mutual: Necessidades Especiais

No manual das moças do ano passado (Manual 2), a última aula fala de como tratarmos pessoas com deficiência. Como o manual é grande e tem as conferências durante o ano, não conseguimos dar a aula, mas como achamos importante, resolvemos dar uma mutual sobre o tema. Particularmente, sou super interessada neste assunto. Nossa antiga secretária é pedagoga e eu tive tbém uma matéria de acessibilidade na facululdade, e com base em nossas informações e no manual, montamos a atividade. O roteiro foi:

1 - Introdução sobre quem são os PCD's (pessoas com deficiência) e os tipos de deficiência;

2 - Prática: é parte mais interessante. Peça para que algumas moças dêem uma volta pela capela, porém, 1 delas com cadeira de rodas (nos bispados geralmente tem uma), uma pessoa com uma venda, e um pessoa com a perna amarrada ou muletas. As demais podem ajudar. Faça uma "abertura", como cantar um hino (a "cega" não acompanhará o hinário), pedir para pegar algo em cima do armário (quem está na cadeira não conseguirá), e saiam da sala das moças até o estacionamento. Mesmo as capelas já acessíveis, vc perceberão dificuldades no espaço da porta, pequenos degraus e outras coisa. Retornem e discutam os sentimos daquelas que estavam incapacitadas e daquelas que ajudaram.

3 - Para encerrar, vejam como vcs podem ajudar para se comunicar e tratar pessoas com deficiência.

Abaixo segue algumas dicas para as partes 1 e 3



PARTE 1 - TIPOS DE DEFICIÊNCIA

Deficiência física
É a alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano,
acarretando o comprometimento da função física

Para melhor entendimento, seguem-se algumas definições: 
  Amputação    perda  total  ou  parcial  de  um  determinado  membro  ou  segmento  de membro;
  Paraplegia – perda total das funções motoras dos membros inferiores;
  Paraparesia – perda parcial das funções motoras dos membros inferiores;
  Paralisia Cerebral –  lesão de uma ou mais áreas do  sistema nervoso central,  tendo
como  conseqüência  alterações  psicomotoras,  podendo  ou  não  causar  deficiência
mental;

Deficiência auditiva
É a perda bilateral, parcial ou total da audição.

Deficiência visual

  Cegueira – na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; 
  Baixa Visão – significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor
correção óptica; 
  Os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for
igual ou menor que 60°;
  Ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores.

Deficiência mental
Conceitua-se como  deficiência mental  o  funcionamento  intelectual  significativamente  inferior  à média, com limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades  adaptativas, tais como:

a)  comunicação;
b)  cuidado pessoal;
c)  habilidades sociais; 
d)  utilização dos recursos da comunidade;
e)  saúde e segurança;
f)  habilidades acadêmicas;
g)  lazer; e
h)  trabalho.


PARTE 3 – COMO TRATAR AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Deficiências visuais - Identifique-se, faça-a perceber que você está falando com ela e ofereça seu auxílio. Nunca ajude sem perguntar antes como deve fazê-lo.

Caso sua ajuda como guia seja aceita, é sempre bom você avisar antecipadamente a existência de degraus, pisos escorregadios, buracos e obstáculos em geral durante o trajeto.

Ao explicar direções para uma pessoa cega, seja o mais claro e específico possível, de preferência, indique as distâncias em metros ("uns vinte metros a sua frente").

Algumas pessoas, sem perceber, falam em tom de voz mais alto quando conversam com pessoas cegas. A menos que a pessoa tenha, também, uma deficiência auditiva que justifique isso, não faz nenhum sentido gritar. Fale em tom de voz normal.

Ao responder uma pergunta à uma pessoa cega, evite fazê-lo com gestos, e cuide ao usar palavras como "veja" e "olhe". Quando for embora, avise sempre o deficiente visual.

Deficientes físicos - Ao conversar por mais tempo que alguns minutos com uma pessoa que usa cadeira de rodas, se for possível, lembre-se de sentar, para que você e ela fiquem com os olhos no mesmo nível.

Nunca movimente a cadeira de rodas sem antes pedir permissão para a pessoa. Quando estiver empurrando uma pessoa sentada numa cadeira de rodas e parar para conversar com alguém, lembre-se de virar a cadeira de frente para que a pessoa também possa participar da conversa.

Ao empurrar uma pessoa em cadeira de rodas, faça-o com cuidado. Preste atenção para não bater nas pessoas que caminham à frente. Para subir degraus, incline a cadeira para trás para levantar as rodinhas da frente e apoiá-las sobre a elevação. Para descer um degrau, é mais seguro fazê-lo de marcha à ré, sempre apoiando para que a descida seja sem solavancos. Para subir ou descer mais de um degrau em sequência, será melhor pedir a ajuda de mais uma pessoa.

Se você estiver acompanhando uma pessoa com deficiência que anda devagar, com auxílio ou não de aparelhos ou bengalas, procure acompanhar o passo dela.

Mantenha as muletas ou bengalas sempre próximas à pessoa com deficiência. Se achar que ela está em dificuldades, ofereça ajuda e, caso seja aceita, pergunte como deve fazê-lo. As pessoas têm suas técnicas pessoais para subir escadas, por exemplo, e, às vezes, uma tentativa de ajuda inadequada pode até mesmo atrapalhar. Outras vezes, a ajuda é essencial. Pergunte e saberá como agir e não se ofenda se a ajuda for recusada.

Esteja atento para a existência de barreiras arquitetônicas quando for escolher uma casa, restaurante, teatro ou qualquer outro local que queira visitar com uma pessoa com deficiência física.

Deficientes auditivos -  Quando quiser falar com uma pessoa surda, se ela não estiver prestando atenção em você, acene para ela ou toque, levemente, em seu braço. Quando estiver conversando com uma pessoa surda, fale de maneira clara, pronunciando bem as palavras, mas não exagere. Use a sua velocidade normal, a não ser que lhe peçam para falar mais devagar. Use um tom normal de voz, a não ser que lhe peçam para falar mais alto. Gritar nunca adianta. Faça com que a sua boca esteja bem visível. Gesticular ou segurar algo em frente à boca torna impossível a leitura labial.

Se você souber alguma linguagem de sinais, tente usá-la. Se a pessoa surda tiver dificuldade em entender, avisará. De modo geral, suas tentativas serão apreciadas e estimuladas.

Seja expressivo ao falar. Como as pessoas surdas não podem ouvir mudanças sutis de tom de voz que indicam sentimentos de alegria, tristeza, sarcasmo ou seriedade, as expressões faciais, os gestos e o movimento do seu corpo serão excelentes indicações do que você quer dizer.

Enquanto estiver conversando, mantenha sempre contato visual, se você desviar o olhar, a pessoa surda pode achar que a conversa terminou.

Se for necessário, comunique-se através de bilhetes.

Quando a pessoa surda estiver acompanhada de um intérprete, dirija-se à pessoa surda, não ao intérprete.

Deficientes mentais - Você deve agir naturalmente ao dirigir-se a uma pessoa com deficiência intelectual. Trate-as com respeito e consideração. Se for uma criança, trate como criança. Se for adolescente, trate-a como adolescente. Se for uma pessoa adulta, trate-a como tal.

Não as ignore. Cumprimente e despeça-se delas normalmente, como faria com qualquer pessoa.

Dê atenção a elas, converse e vai ver como será divertido. Seja natural, diga palavras amistosas.

Não superproteja. Deixe que ela faça ou tente fazer sozinha tudo o que puder. Ajude apenas quando for realmente necessário. Não subestime sua inteligência. As pessoas com deficiência intelectual levam mais tempo para aprender, mas podem adquirir muitas habilidades intelectuais e sociais.

Um comentário:

  1. Oi Flávia, sei como às vezes a vida fica corrida, tive de fazer a maioria dos posts bem antes e deixar programado porque não teria tempo pra postar todos os dias.

    Se quiser podemos fazer uma gincana com os 2 blogs juntos nas férias, seria muito divertido.

    Beijos

    ResponderExcluir

terça-feira, 12 de abril de 2011

Ideia para mutual: Necessidades Especiais

No manual das moças do ano passado (Manual 2), a última aula fala de como tratarmos pessoas com deficiência. Como o manual é grande e tem as conferências durante o ano, não conseguimos dar a aula, mas como achamos importante, resolvemos dar uma mutual sobre o tema. Particularmente, sou super interessada neste assunto. Nossa antiga secretária é pedagoga e eu tive tbém uma matéria de acessibilidade na facululdade, e com base em nossas informações e no manual, montamos a atividade. O roteiro foi:

1 - Introdução sobre quem são os PCD's (pessoas com deficiência) e os tipos de deficiência;

2 - Prática: é parte mais interessante. Peça para que algumas moças dêem uma volta pela capela, porém, 1 delas com cadeira de rodas (nos bispados geralmente tem uma), uma pessoa com uma venda, e um pessoa com a perna amarrada ou muletas. As demais podem ajudar. Faça uma "abertura", como cantar um hino (a "cega" não acompanhará o hinário), pedir para pegar algo em cima do armário (quem está na cadeira não conseguirá), e saiam da sala das moças até o estacionamento. Mesmo as capelas já acessíveis, vc perceberão dificuldades no espaço da porta, pequenos degraus e outras coisa. Retornem e discutam os sentimos daquelas que estavam incapacitadas e daquelas que ajudaram.

3 - Para encerrar, vejam como vcs podem ajudar para se comunicar e tratar pessoas com deficiência.

Abaixo segue algumas dicas para as partes 1 e 3



PARTE 1 - TIPOS DE DEFICIÊNCIA

Deficiência física
É a alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano,
acarretando o comprometimento da função física

Para melhor entendimento, seguem-se algumas definições: 
  Amputação    perda  total  ou  parcial  de  um  determinado  membro  ou  segmento  de membro;
  Paraplegia – perda total das funções motoras dos membros inferiores;
  Paraparesia – perda parcial das funções motoras dos membros inferiores;
  Paralisia Cerebral –  lesão de uma ou mais áreas do  sistema nervoso central,  tendo
como  conseqüência  alterações  psicomotoras,  podendo  ou  não  causar  deficiência
mental;

Deficiência auditiva
É a perda bilateral, parcial ou total da audição.

Deficiência visual

  Cegueira – na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; 
  Baixa Visão – significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor
correção óptica; 
  Os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for
igual ou menor que 60°;
  Ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores.

Deficiência mental
Conceitua-se como  deficiência mental  o  funcionamento  intelectual  significativamente  inferior  à média, com limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades  adaptativas, tais como:

a)  comunicação;
b)  cuidado pessoal;
c)  habilidades sociais; 
d)  utilização dos recursos da comunidade;
e)  saúde e segurança;
f)  habilidades acadêmicas;
g)  lazer; e
h)  trabalho.


PARTE 3 – COMO TRATAR AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Deficiências visuais - Identifique-se, faça-a perceber que você está falando com ela e ofereça seu auxílio. Nunca ajude sem perguntar antes como deve fazê-lo.

Caso sua ajuda como guia seja aceita, é sempre bom você avisar antecipadamente a existência de degraus, pisos escorregadios, buracos e obstáculos em geral durante o trajeto.

Ao explicar direções para uma pessoa cega, seja o mais claro e específico possível, de preferência, indique as distâncias em metros ("uns vinte metros a sua frente").

Algumas pessoas, sem perceber, falam em tom de voz mais alto quando conversam com pessoas cegas. A menos que a pessoa tenha, também, uma deficiência auditiva que justifique isso, não faz nenhum sentido gritar. Fale em tom de voz normal.

Ao responder uma pergunta à uma pessoa cega, evite fazê-lo com gestos, e cuide ao usar palavras como "veja" e "olhe". Quando for embora, avise sempre o deficiente visual.

Deficientes físicos - Ao conversar por mais tempo que alguns minutos com uma pessoa que usa cadeira de rodas, se for possível, lembre-se de sentar, para que você e ela fiquem com os olhos no mesmo nível.

Nunca movimente a cadeira de rodas sem antes pedir permissão para a pessoa. Quando estiver empurrando uma pessoa sentada numa cadeira de rodas e parar para conversar com alguém, lembre-se de virar a cadeira de frente para que a pessoa também possa participar da conversa.

Ao empurrar uma pessoa em cadeira de rodas, faça-o com cuidado. Preste atenção para não bater nas pessoas que caminham à frente. Para subir degraus, incline a cadeira para trás para levantar as rodinhas da frente e apoiá-las sobre a elevação. Para descer um degrau, é mais seguro fazê-lo de marcha à ré, sempre apoiando para que a descida seja sem solavancos. Para subir ou descer mais de um degrau em sequência, será melhor pedir a ajuda de mais uma pessoa.

Se você estiver acompanhando uma pessoa com deficiência que anda devagar, com auxílio ou não de aparelhos ou bengalas, procure acompanhar o passo dela.

Mantenha as muletas ou bengalas sempre próximas à pessoa com deficiência. Se achar que ela está em dificuldades, ofereça ajuda e, caso seja aceita, pergunte como deve fazê-lo. As pessoas têm suas técnicas pessoais para subir escadas, por exemplo, e, às vezes, uma tentativa de ajuda inadequada pode até mesmo atrapalhar. Outras vezes, a ajuda é essencial. Pergunte e saberá como agir e não se ofenda se a ajuda for recusada.

Esteja atento para a existência de barreiras arquitetônicas quando for escolher uma casa, restaurante, teatro ou qualquer outro local que queira visitar com uma pessoa com deficiência física.

Deficientes auditivos -  Quando quiser falar com uma pessoa surda, se ela não estiver prestando atenção em você, acene para ela ou toque, levemente, em seu braço. Quando estiver conversando com uma pessoa surda, fale de maneira clara, pronunciando bem as palavras, mas não exagere. Use a sua velocidade normal, a não ser que lhe peçam para falar mais devagar. Use um tom normal de voz, a não ser que lhe peçam para falar mais alto. Gritar nunca adianta. Faça com que a sua boca esteja bem visível. Gesticular ou segurar algo em frente à boca torna impossível a leitura labial.

Se você souber alguma linguagem de sinais, tente usá-la. Se a pessoa surda tiver dificuldade em entender, avisará. De modo geral, suas tentativas serão apreciadas e estimuladas.

Seja expressivo ao falar. Como as pessoas surdas não podem ouvir mudanças sutis de tom de voz que indicam sentimentos de alegria, tristeza, sarcasmo ou seriedade, as expressões faciais, os gestos e o movimento do seu corpo serão excelentes indicações do que você quer dizer.

Enquanto estiver conversando, mantenha sempre contato visual, se você desviar o olhar, a pessoa surda pode achar que a conversa terminou.

Se for necessário, comunique-se através de bilhetes.

Quando a pessoa surda estiver acompanhada de um intérprete, dirija-se à pessoa surda, não ao intérprete.

Deficientes mentais - Você deve agir naturalmente ao dirigir-se a uma pessoa com deficiência intelectual. Trate-as com respeito e consideração. Se for uma criança, trate como criança. Se for adolescente, trate-a como adolescente. Se for uma pessoa adulta, trate-a como tal.

Não as ignore. Cumprimente e despeça-se delas normalmente, como faria com qualquer pessoa.

Dê atenção a elas, converse e vai ver como será divertido. Seja natural, diga palavras amistosas.

Não superproteja. Deixe que ela faça ou tente fazer sozinha tudo o que puder. Ajude apenas quando for realmente necessário. Não subestime sua inteligência. As pessoas com deficiência intelectual levam mais tempo para aprender, mas podem adquirir muitas habilidades intelectuais e sociais.

Um comentário:

  1. Oi Flávia, sei como às vezes a vida fica corrida, tive de fazer a maioria dos posts bem antes e deixar programado porque não teria tempo pra postar todos os dias.

    Se quiser podemos fazer uma gincana com os 2 blogs juntos nas férias, seria muito divertido.

    Beijos

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